Médicos do Sudão: Colapso do sistema de saúde põe em risco vidas de pacientes renais

O Sindicato dos Médicos Sudaneses apelou à prestação de ajuda médica e humanitária aos civis e ao salvamento de mais de 8.000 pacientes com insuficiência renal.

Cartum: Altaghyeer

O Sindicato dos Médicos Sudaneses anunciou que vários centros de diálise já não estão a funcionar e espera-se que outros sigam o exemplo na próxima semana, a menos que os consumíveis de diálise sejam fornecidos com urgência.

Num comunicado divulgado no sábado, o sindicato disse que o sistema de saúde no Sudão estava paralisado, com Cartum e Darfur assumindo a liderança, como consequência inevitável da guerra actual; sobre o qual o sindicato tem alertado desde a eclosão do conflito armado entre o exército e as Forças de Apoio Rápido (RSF) em meados de Abril.

A maioria das instituições médicas em Cartum e em vários estados de Darfur estão agora fora de serviço em consequência de repetidos bombardeamentos e ataques, enquanto outras estão a ser utilizadas pela RSF como quartéis militares.

O sindicato dos médicos disse que os pacientes com insuficiência renal sofrem com a falta de consumíveis necessários para a diálise renal, indicando que procedimentos desnecessários bloquearam a chegada de um carregamento de ajuda médica doado pela Sociedade Internacional de Nefrologia. O Fundo Nacional de Suprimentos Médicos do Sudão não explicou as razões do atraso na chegada da remessa, acrescentou o sindicato.

O sindicato apelou a todos os órgãos governamentais envolvidos para que cumpram os seus deveres para com os centros de diálise e outras instituições de saúde.

Apelou também a todos os doadores para que ajudem na prestação de assistência médica e humanitária ao povo sudanês e salvem mais de 8.000 pacientes renais que estão à beira da morte.